sexta-feira, 1 de agosto de 2008

OS PASSOS

Teus passos, crianças de meu silêncio,
Santamente, lentamente dados,
Ao leito de minha vigilância
Seguem mudos e enregelados.

Feito ninguém, qual sombra divina,
Como são doces teus passos-luz!
Céus!... Todos os dons que a alma adivinha
Vêm para mim sobre esses pés nus!

Se, com os teus lábios, saliente,
Tu preparas, para apaziguar,
Ao habitante de minha mente
A nutrição que contém beijar,

Refreai os passos de ação tão terna,
Doçura de ser e não ser (passos),
Pois tenho vivido à vossa espera,
E meu coração são vossos passos.

Tradutor Passista:
Ivan Justen Santana
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