Eu, sentado sozinho no bar,
ela, único destino do meu olhar.
O cara que a acompanha vê
que eu a vejo e deixo perceber.
Não estou nem aí pro idiota,
sei quando uma fêmea me nota
e põe em cada gesto sedução,
malícia e uma segunda intenção.
Quanto mais tentam disfarçar,
muito mais eu tenho a observar.
Nela, a feminilidade, a graça;
nele, a instabilidade, a farsa.
Nos dois, o real desequilíbrio,
todo movimento deixa vestígio.
Como não levanto, vão embora
e dizem algo da boca pra fora!
Comedor de Ranho
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