terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

LUIZ GERALDO MAZZA

~~

~~
78 anos de vida e 58, de carreira; ícone do jornalismo paranaense pela carreira e personalidade erudita, de perfil crítico como pouco se encontra no jornalismo atual.
Ele acompanhou de perto a história da imprensa paranaense participando de ações como a greve-geral que parou os jornais paranaenses por um dia no ano de 1963 que foi proposta por ele, na época, líder sindical. Quando perguntado sobre largar o jornalismo ele é bem objetivo: "Não posso e nem devo", diz.
Hoje em dia trabalha em uma coluna diária no jornal Folha de Londrina e faz comentários na rádio CBN de Curitiba pela manhã.
Quando se fala em jornalismo político, Mazza é referência indispensável no Estado. Com sua sabedoria é capaz de raciocinar sobre fatos da história política mundial, brasileira e local, mencionando correntes de pensamento, escritores e filósofos e sem se distanciar do seu público consegue notar o agito da velha e atual política e suas conseqüências na vida do cidadão comum.
A jornada de trabalho começou aos 20 anos quando, estudando Direito, escrevia crônica lírica e romântica para o Diário da Tarde. Também escrevia para O Estado do Paraná como colaborador. Seu primeiro emprego como repórter foi em 1955 no Diário do Paraná, Mazza cobria geral e logo passou para a chefia de reportagem. “Sou da época em que o jornalista se formava no local de trabalho.”
Participou da primeira transmissão de tevê do Paraná, pelo canal 6, trabalhou no Correio de Notícias do Última Hora. Foi diretor de jornalismo da TV Paranaense. Além disso foi diretor do Sindicato dos Jornalistas no Paraná no início dos anos 60. Mas como nem tudo são flores, durante o período da ditadura militar ficou desempregado. “Quem me deu emprego, nessa época, foi Francisco Cunha Pereira (dono da TV Paranaense e jornal Gazeta do Povo) e o João Milanez (da Folha de Londrina).” O jornalista ficou na Folha até 1981 retornando no começo da década de 90 onde continua até hoje. Sobre trabalhar em jornal impresso, Mazza comenta: "Jornal agora é pretérito. Não consigo me livrar, todo dia, da sensação de estar trabalhando em uma coisa vencida", diz ele, comparando com a internet e a divulgação em massa da televisão.
Seu desejo para o futuro é continuar na profissão, “jornalismo para mim é trabalho, mas também é um repouso. Lido com gente muito jovem e de boa formação. É um intercâmbio agradável”.
Mazza não deixa de freqüentar a tradicional Boca Maldita na Rua XV, ponto de encontro de políticos, jornalistas, advogados, funcionários públicos e aposentados no centro de Curitiba.
~~

Nenhum comentário: