quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Mais vivo do que nunca

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o que aprendi com os amigos
não reneguei nem esqueci
não me acho o melhor dos vivos
e até hoje, que eu saiba, não morri

aprendi, sim, e com maestria
dos todos que até hoje encontrei
o amor pelo que chamam poesia
que é hoje tudo que tenho e sei

imaginei-me ontem o pior de todos
porque almejo algo acima do solo
como se em meu cérebro eletrodos
me jogassem dos 34 anos para o colo

hoje, porém, nascendo o dia azul
olhei pela janela e tudo amarelo
havia em mim uma espécie de exul-
tação aos amigos, à poesia, ao belo


Marcos Prado (1962-1996)
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