UMA NOITE ROCK AND ROLL
~~Chegou a noite do show do Eric Burdon And The Animals, no extinto Aeroanta, no Rebouças, na Rua Piquiri, a popular travecolândia. O bar era o bicho, mas a vizinhança era péssima. Só queria berrar junto com o Eric “Oh no! please don’t let me be misunderstood” e explodir em aplausos, cervejas e quem sabe descolar uma gata pro final da noite.
Na hora certa apertou unzinho, esticou umazinha, wiskinho, comprimidinho pra ficar legal, mais um wiskinho e... ops! Tá na hora. Foi.
No caminho parou num posto: gasolina, cigarro e chicletes e mais uma cervejinha. É hoje! Repetia para si o tempo todo.
Chegou na hora do rush no estacionamento, pegou fila pra comprar o ingresso e para levar a geral na entrada. Quando entrou o show já tinha começado, mais fila pra comprar a ficha da cerveja e depois mais uma fila para pegar a gelada. Tava difícil chegar perto do palco, então ficou perto do bar. Já já ia achar algum amigo velho ou fazer uma nova amiga. Mais cerveja e mais outra, estava na fila na hora que tocou sua música favorita, na verdade quase não viu o show, ficou enchendo a cara e falando bobagem pra cada fêmea que passava por perto. O show acabou e ele nem percebeu, tomou mais e mais até acabar sua grana e ganhar a reputação de bebum xarope. Foi convidado a ir pra outro lugar, pois a casa já ia fechar. Na saída uma raspada no portão, uma subida no meio-fio. Ligou o som, parou na esquina, com a cabeça pra fora da janela, vomitou, vomitou, vomitou e apagou.
Já estava amanhecendo quando acordou com alguém lhe dando tapinhas no rosto: “acoórda mo-ço” . Abriu os olhos nos cílios postiços do traveco: “entra aí princesa, tô precisando de carinho. Tive uma noite duríssima”.
Algumas horas mais tarde, jurou nunca mais colocar na boca uma gota de álcool.
Por: Dario, o Rockeiro Anônimo
~~
Na hora certa apertou unzinho, esticou umazinha, wiskinho, comprimidinho pra ficar legal, mais um wiskinho e... ops! Tá na hora. Foi.
No caminho parou num posto: gasolina, cigarro e chicletes e mais uma cervejinha. É hoje! Repetia para si o tempo todo.
Chegou na hora do rush no estacionamento, pegou fila pra comprar o ingresso e para levar a geral na entrada. Quando entrou o show já tinha começado, mais fila pra comprar a ficha da cerveja e depois mais uma fila para pegar a gelada. Tava difícil chegar perto do palco, então ficou perto do bar. Já já ia achar algum amigo velho ou fazer uma nova amiga. Mais cerveja e mais outra, estava na fila na hora que tocou sua música favorita, na verdade quase não viu o show, ficou enchendo a cara e falando bobagem pra cada fêmea que passava por perto. O show acabou e ele nem percebeu, tomou mais e mais até acabar sua grana e ganhar a reputação de bebum xarope. Foi convidado a ir pra outro lugar, pois a casa já ia fechar. Na saída uma raspada no portão, uma subida no meio-fio. Ligou o som, parou na esquina, com a cabeça pra fora da janela, vomitou, vomitou, vomitou e apagou.
Já estava amanhecendo quando acordou com alguém lhe dando tapinhas no rosto: “acoórda mo-ço” . Abriu os olhos nos cílios postiços do traveco: “entra aí princesa, tô precisando de carinho. Tive uma noite duríssima”.
Algumas horas mais tarde, jurou nunca mais colocar na boca uma gota de álcool.
Por: Dario, o Rockeiro Anônimo
~~
Nenhum comentário:
Postar um comentário