Segunda-feira, o sol brilhava,
As crianças na praça,
Mamães, mamãe,
Eu estava no ônibus, 433, 433, 433
Segunda-feira, eu estava cansado,
Não suporto trabalho,
Que fazer? Que fazer?
Sou de pouca conversa,
O meu negócio é foder,
O meu negócio é foder,
O meu negócio é foder.
Segunda-feira, hoje tem sacanagem,
Rock and roll e porrada,
Meu amor, meu amor,
Nunca tenho dinheiro,
Eu tô sentindo um fedor,
Eu tô sentindo um fedor,
Eu tô sentindo um fedor.
Segunda-feira, é uma noite de estrelas,
O pai-de-santo interveio:
Engano seu, engano seu,
É a cabeça dos presos
E eu me esporro de medo,
E eu me esporro de medo,
E eu me esporro de medo.
Segunda-feira, encontrei uma caveira,
Faz um mês que eu não durmo,
Que horror, que horror,
Acendi uma vela
E escarrei nos meus versos,
E escarrei nos meus versos,
E escarrei nos meus versos.
Segunda-feira, somos filhos da merda,
Qualquer dia eu me estrepo,
Tu vai ver, tu vai ver,
Essa noite não escapa,
Vou aparecer na TV,
Vou aparecer na TV,
Vou aparecer na TV.
Segunda-feira, formicida com gelo,
Dei um tiro no espelho,
Meu amor, meu amor,
Que saudade que eu tenho,
Stockhausen e Artaud.
Stockhausen e Artaud,
Stockhausen e Artaud.
Segunda-feira, Sputinik no peito,
Sou maluco e new-wave,
Flutuar, flutuar,
Rimo tédio com Teknus,
Vontade de cagar,
Vontade de cagar,
Vontade de cagar.
(Rogério Skylab)
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