O Joio do Trigo
Se eu dependesse de vocês pra qualquer coisa,
Morria à mingua, seco e estuporado.
Não pagam minha luz, meu gás, minha bebida,
E querem se intrometer na minha vida.
Não cagam e não desocupam a moita
E ainda acham que eu sou o único desgraçado.
Ok, vocês perderam! Eu, somente eu, venci!
O Malocabilly sustentou-os até aqui,
Vamos ver o tamanho do vazio na alminha
Nos próximos trezentos e sessenta e cinco dias.
Nenhum sinal será dado nessa tua telinha,
Nada desses alegres versos e suas alegorias!
“Provo dessa maneira ao mundo odiento,
Pelas grandes razões do sentimento,
Sem os métodos da abstrusa ciência fria
E os trovões gritadores da dialética,
Que a mais alta expressão da dor estética
Consiste essencialmente na alegria!”
Talvez a estrofe acima do nosso Augusto Poeta,
Seja a afirmação vitoriosa de tudo que sentimos
E nem sempre conseguimos colocar em versos.
Mas se tem uma coisa que temos como certa
É que vocês nunca saberão quando mentimos
Ou damos voz a nossos instintos mais perversos!
Comedor de Ranho
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