sábado, 31 de janeiro de 2009

RUBENS K. ESCREVEU:

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Frank

Ei Frank, você deveria estar morto. Sim, Frank deveria estar morto. Na verdade todos nós deveríamos estar mortos, mas não morremos. Ninguém morre nesta merda de lugar. Assim os cemitérios continuam vazios - mas de alguma maneira eles sempre foram vazios, ou não? Voltando a Frank: Frank, seu infeliz, você só tinha de fazer o que eu te falei. Era só isso, nada mais. Você e essa mania de mudar as coisas a sua maneira. Frank, você é muito estúpido. Dois estampidos. Acertaram direto no peito. Frank foi jogado pra trás com o impacto. Depois caiu, solene, no chão sujo da lanchonte do Yin Ling. Ling, seu desgraçado! Limpe essa merda toda. Depois me traga dois ovos cozidos e uma porção de arroz com purê de abóbora e um belo e suculento filé, nada de carne de cavalo, seu filho da mãe! Só ele poderia sentir fome depois de matar um homem, e não era um qualquer. Era Frank. Ann entrou vestida de preto, um vestido muito curto e bonito que ficava muito bem naquele corpo. Ficou em pé ao lado do cadáver de Frank. Parecia estar rezando, ou alguma coisa parecida. Então ela levantou o vestido e começou a se masturbar. Todos ficaram constrangidos. Tom estava ali. Tom havia matado Frank. Tom matou Frank porque ele não matou Ann, ao contrário, ele começou a foder Ann, que é a mulher do Tom, que é o chefe por aqui. Tem momentos que a vida parece não valer merda nenhuma. Esse é um deles.
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