terça-feira, 9 de outubro de 2007

EM GULA ME


Oneide: voz e violão




Foto: Lilian Klimpovuz



EM GULA ME


Comece e me ignore agora

Comente que nunca prestei

E aos poucos como quem demora

Devolva o que nunca te dei


Caminhe feito aquele louco

Que chega sem nunca sair

Se a chuva te atrapalha o sono

Entenda o que te faz sorrir


Devora a carne que se explode

Demora em me mastigar

Não saiba sem saber se pode

E morra ao querer tentar


Deseja e me ame ódio

Engasgue volte a respirar

Em cada grito teu meu pódio

Engula e pense em não pensar


Começa e me engula gula

E prova um só miolo meu

Carrega o ódio em tua mula

E leva tudo que é seu

Nenhum comentário: