sexta-feira, 14 de março de 2008
DIEDRICH & OS MARLENES - IMPRENSA II
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"... um dos mais importantes poetas do moderno rock brasileiro."
(Fernando Rosa – senhor f)
"A banda Beijo AA Força acabou em 2007. A banda Pelebrói Não Sei terminou em 2007. Então, qual seria o mais lógico? É claro, juntar as duas...
... É uma boa oportunidade de ver o que sai desta junção de duas bandas que agitaram palcos alternativos."
(Luiz Cláudio Oliveira – Gazeta do Povo on line)
A BANDA
Quando a Grande Garagem Que Grava estava selecionando as bandas para a segunda edição do projeto, o Luiz Ferreira atendeu uma ligação do Oneide Diedrich, que informou entristecido o final do Pelebrói? Não Sei e estava por aí vagando, procurando idéias, cheio de músicas novas e perdido nesse mundinho underground que nós conhecemos tão bem.
Como estava faltando uma banda para fechar o projeto, o guitarrista Ferreira e o baixista Renato Quege tiveram a idéia de montar uma banda de apoio pro Oneide, pois ele tinha composto algumas canções e para o projeto seria interessante unir os currículos dos ex-Beijo AA Força Ferreira e Renato ao do ex-band leader do Pelebrói.
O próximo passo foi levar o Oneide pro estúdio e gravar, voz e violão, 10 canções de sua lavra que ainda não tinham registro. O resultado é a base do repertório de Diedrich e Os Marlenes, traduzido em baladas viscerais de amor e morte, colorizadas por pinceladas de realismo fantástico e às vezes puro delírio fantasmagórico do DeeDiedrich, um experiente menestrel, apesar de sua relativa pouca idade.
Como baterista disponível nesta cidade é sempre um problema, a solução foi chamar Rodrigo Genaro, que estava por perto, tocando no Maxixe Machine. Bom músico, produtor competente e, principalmente, amigo velho. Uma ótima escolha.
O nome da banda o Oneide já tinha escolhido. Assim começaram os ensaios. As músicas foram tomando uma forma pop no sentido miscigenado da palavra, ou seja: pitadas de folk, punk, ska, Raul, Sérgio Sampaio, Elvis, Paraguai e Porto Alegre, enfim uma Curitiba cosmopolita.
Próximo passo: o primeiro show e a gravação do mesmo para o primeiro CD da banda. Portanto, Diedrich e Os Marlenes, salvo engano, é a primeira banda a ter seu primeiro show transformado em cd, com a participação instantânea e espontânea da platéia em músicas que tiveram ali, naquele momento, suas primeiras audições.
O cd é um retrato autêntico da emoção e da adrenalina de artistas experientes que tiveram na Grande Garagem que Grava, no dia 15 de dezembro de 2007, um importante momento em suas carreiras, felizmente registrado em uma tiragem pequena, mas muito fiel ao clima do show. A tiragem inicial da Grande Garagem Que Grava é de 200 (duzentas) cópias, sendo 150 destinadas ao público, mas com possibilidade de novas edições, sempre em baixas tiragens.
“Rodrigão Barros”, ex Beijo AA Força compareceu com seu violão e poderoso backing vocal na canção “Assassino”, além das naturais funções na Grande Garagem. Outra participação especialíssima foi a de Giovanni Caruso, parceiro na autoria da canção “Dos Amores Mais Vendidos”, na qual cantou e tocou violão.
A capa foi desenvolvida pelo Magoo, designer gráfico de grande talento e afinidade com o underground curitibano. As fotos são de Lilian Klimpovuz, casada com o guitarrista que é co-fundador da Grande Garagem que Grava. Um clima excelente, uma banda tocando como um time que joga em casa.
LANÇAMENTO DO CD: dia 28 de março (sexta-feira) no 92º - ingressos no local a R$10,00 – CDs no local a R$ 10,00. Informações sobre a banda: 041-3016-0409.
O DR. DRÁUZIO FALOU:
Cruz e Souza pede passagem
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Amigos. Estamos hoje aqui reunidos para ler o
Cruz e Souza.
Sem mais rodeios, vamos ao poema.
Vida Obscura
Ó ser humilde entre os humildes seres.
Embriagado, tonto dos prazeres,
O mundo para ti foi negro e duro.
A vida presa a trágicos deveres
E chegaste ao saber de altos saberes
Tornando-se mais simples e mais puro.
Magoado, oculto e aterrador, secreto,
Que o coração te apunhalou no mundo.
E o teu suspiro como foi profundo!
~~
POESUDA
não fale nada, linguaruda,
vê se se enxerga, zoiúda,
e me dê de mamar, tetuda,
e me esfole o pau, bunduda,
e me chupe os bagos, bocuda,
e me fareje inteiro, nariguda,
e me meta a língua, orelhuda,
e me passe a perna, coxuda,
e me descabele todo, pentelhuda,
e me corte em nacos, dentuda,
agora engula essa porra, tesuda,
eu sou teu bonzão, minha boazuda!
Comedor de Ranho
~~
POEMA 53
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meu marido é uma freira
daquelas bem puritanas
falo pra sair com os amigos
ou arrumar uma amante
mas ele não sai
mas ele não arruma
vou ter que depositar uma bolinha
na sua chávena do chá das cinco
pra ele ficar muito louco
assim eu poderia andar decotada
com a calcinha no rego
sem medo do bicho pegar
Sérgio Viralobos
~~
O ONEIDE DISSE...
~~
Show DeeDiedrich & Giovanni Caruso
AÊ galera!
Nesta sexta dia 14 eu e o Giovanni vamos fazer
um som no Caravella´s Pub
(Antigo linos bar).
No repertório versões acústicas e inéditas de
Tnt, Pelebrói, Cascavelletes, Graforréia,
Raul, Faichecleres,
Os Marlenes,
Wander Wildner etc e tal.
Serviço:
Caravella´s Pub
Augusto Stelfeld esquina com Alameda Cabral
O show começa às 23:00 h
Entrada 5 pilas
Apareçam que vai ser legal!
Let´s DANCE!
quinta-feira, 13 de março de 2008
A Bunda, que Engraçada
Está sempre sorrindo, nunca é trágica
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora - murmura a bunda - esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar.
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda,
redunda.
(Carlos Drumond de Andrade)
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CANTANDO DE GALINHA
hoje não tem ninguém aqui em casa
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POEMA 50
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MULHER DA VIDA
~~
Ela é turrona, anda armada,
Gosta de armar o maior barraco,
Bebe pra caralho e dá risada,
Depois chora e fica um caco
Todo mundo por aqui já comeu,
Ela chupou até o pau do papa,
O do pastor ela disse que mordeu
E por muito pouco não capa
Diz que me ama mais que tudo
Só pra mim dá sem camisinha
Às vezes me acho um sortudo
Ganha bem rodando a bolsinha
Ela é tão bonita que dá gosto
Vê-la se aprontando para sair
Se tentam beijá-la, vira o rosto,
Na boca, só eu, não vai me trair
Dá casa, comida e roupa lavada,
Mas eu não tô nem aí pra isso
De mim, não reclama de nada
Acha escrever um bom serviço
Diz que me mata se eu deixá-la
E em seguida toma formicida
Eu sou poeta e não faço sala
Acho que achei a mulher da vida
Comedor de Ranho
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POEMA 61
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A marca da maldade mora ao lado
A marca da maldade mora ao lado
Das pessoas que se amam e são felizes
E entra pelas frestas do barraco
Como um gás insensível a narizes
Aos poucos fica o ar mais carregado
Que o clímax de um show de stripteasers
Conosco foi assim como um despacho
Trocamos nossos passos em falso
Pela marcha das pisadas no piche
Tudo é tão rápido quando dá errado
Cama de casal vira beliche
Lençol dobra-se em guardanapo
Como um dia disse Dietrich:
Nosso futuro está usado
Sérgio Viralobos
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quarta-feira, 12 de março de 2008
JÁ SABEM!!
DEPOSITAR R$ 10,00, MAIS DESPESAS POSTAIS
E ENVIAR ENDEREÇO PARA
chefatura@gmail.com
JUNTO COM COMPROVANTE DE DEPÓSITO.
ITAÚ
AG: 3891
C/C: 38248-7
************
OU AQUI NA GGG.
LIGUE ANTES: 3016-0409
QUEM COMPRAR O CD ANTECIPADAMENTE,
PAGA SÓ MEIA NO DIA DO LANÇAMENTO,
28 DE MARÇO, NO 92.
É SÓ MOSTRAR O CD NA ENTRADA.
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COLOMBINA
#01
Um riso no rosto e a dor de quem não sabe dizer “vai”
Abriu a porta disse: baby bye, leva meu coração
Um nó na garganta e lembrança de um domingo que ficou
A tarde era cinza e seu amor já tinha um outro bem
Já tinha um novo amor
Ao fechar a porta
Nada mais sentiu
O peito em pedaços e um imenso vazio
Não sentia fome ele não sentia frio
O peito engessado e o imenso vazio
Um riso no rosto e a certeza de quem sabe pra onde vai
Olhou pra ele e disse: baby bye acho que terminou
E só mais um abraço tão distante com sabor de nunca mais
Ela saiu andando, pois sabia que já tinha um novo bem
Já tinha um novo amor
Ao fechar a porta
Ela então sorriu
Sentiu-se distante em longo arrepio
Não sentia fome nem sentia frio
Era só o alivio de alguém que partiu
Dee Diedrich
NEM
É a minha vidinha torta
Nem abre
Nem tranca
Nem porta
É o meu caminhar perdido
Nem frente
Nem ré
Nem ido
É a minha ambição parada
Nem quero
Nem erro
Nem nada
...E apenas em sonhos a vejo
Nem longe
Nem perto
Nem beijo
(variação para o quinto verso)
...E apenas em sonhos a vejo
Nem tetas
Nem xota
Nem beijo
DeeDiedrich
MÚSICA NOVA!!
EU NÃO FALO COM ESTRANHOS
(Dee Diedrich)
Contava em encontrar
Aquela pessoa
Que não existe mais
Perdi no desencontro
Do espelho estraçalhado
As mil faces iguais
Não quis rever o monstro
Mas no fundo eu sabia
Que éramos iguais
Sorri há há há há
Que estranho conhecido
Quem é este rapaz?
Chorei chorei chorei
E era bem estranho
Que o estranho procurava
Alguém pra conversar
Mas eu não quis conversa
Eu não falo com estranhos
Nem quis me aproximar
Achados e perdidos
Perdido de mim mesmo
Sentei para chorar
Chorei A A A A
Que estranho conhecido
Quem é este rapaz?
Chorei chorei chorei
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BUK'S BIRTHDAY
POEMA 60
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Esperei quem não vem
Por mais de meia hora
Tudo é relativo para Einstein
Meu tempo não é esmola
Corri por mais meio minuto
Meus olhos na tua cola
Paciência é um produto
Fabricado por quem se folga
Te dou exato meio segundo
Pra chegar depois da hora
Me faça mudar de assunto
Você tem que vir pra eu ir embora
Sérgio Viralobos e Plínio Gonzaga
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GREGÓRIO DE MATOS GUERRA
~~
A cada canto um grande conselheiro,
Que nos quer governar cabana e vinha;
Não sabem governar sua cozinha,
E podem governar o mundo inteiro.
Em cada porta um bem freqüente olheiro,
Que a vida do vizinho e da vizinha
Pesquisa, escuta, espreita e esquadrinha,
Para o levar à praça e ao terreiro.
Muitos mulatos desavergonhados,
Trazidos sob os pés os homens nobres,
Posta nas palmas toda a picardia,
Estupendas usuras nos mercados,
E eis aqui a cidade da Bahia.
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POEMA 59
~~
Isso que nós somos são amores ?
Me pergunto ao te ver emputecida
Masoquista insensível a tantas dores
Cutucando com prazer nossa ferida
Alquimista de socos beijos e licores
Mexe o caldeirão doida druida
Esquisita sem tirares nem pores
Dispensa gregos e moicanos distraída
E contrata muitos outros de quaisquer cores
Só pra judiar, minha querida ?
Sinistra magnética hipnóticos horrores
Surge tão bem-vinda e me escapa ainda mais linda
Sérgio Viralobos e Marcos Prado
15 de agosto de 2006
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POEMA 55
terça-feira, 11 de março de 2008
O NOSSO CD!
DEPOSITE R$ 10,00, MAIS DESPESAS POSTAIS
E MANDE SEU ENDEREÇO PARA
chefatura@gmail.com
JUNTO COM COMPROVANTE DE DEPÓSITO.
ITAÚ
AG: 3891
C/C: 38248-7
************
EM CURITIBA É NA GGG.
LIGUE ANTES: 3016-0409
QUEM COMPRAR O CD ANTECIPADAMENTE,
PAGA SÓ MEIA NO DIA DO LANÇAMENTO,
28 DE MARÇO, NO 92.
É SÓ MOSTRAR O CD NA ENTRADA.
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Dirty Old Town
I met my love by the gas works wall
Dreamed a dream by the old canal
Kissed a girl by the factory wall
Dirty old town
Dirty old town
Clouds a drifting across the moon
Cats a prowling on their beat
Spring's a girl in the street at night
Dirty old town
Dirty old town
Heard a siren from the docks
Saw a train set the night on fire
Smelled the spring on the smoky wind
Dirty old town
Dirty old town
I'm going to make me a good sharp axe
Shining steel tempered in the fire
Will chop you down like an old dead tree
Dirty old town
Dirty old town
I met my love by the gas works wall
Dreamed a dream by the old canal
Kissed a girl by the factory wall
Dirty old town
Dirty old town
Dirty old town
Dirty old town
~~