sábado, 27 de dezembro de 2008

Margaretha Geertruida Zelle

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Mata Hari (Leeuwarden, 7 de agosto de 1876 — Vincennes, 15 de outubro de 1917) foi uma dançarina exótica dos Países Baixos que foi acusada, condenada e executada por espionagem durante a Primeira Guerra Mundial.

Mata Hari era filha de um empresário com uma descendente de javaneses. No início do século XX, depois de uma tentativa fracassada de se tornar professora, um casamento igualmente fracassado e de ter dois filhos, ela se mudou para Paris. Posava como uma princesa javanesa e se tornou uma dançarina exótica. Seu pseudônimo Mata Hari quer dizer sol (mais literalmente, "olho do dia") em malaio e língua indonésia. Ela também foi uma cortesã que teve casos amorosos com vários militares e políticos.

Durante a guerra, Mata Hari dormiu com inúmeros oficiais, tanto franceses quanto alemães e se tornou um peão da intriga internacional, apesar dos historiadores nunca terem esclarecido com exatidão se ela fora realmente uma espiã; e se sim, quais eram as suas atividades como tal. Em 1917 ela foi a julgamento na França acusada de atuar como espiã e também como agente dupla para a Alemanha e a França. Foi considerada culpada e no dia 15 de outubro do mesmo ano, fuzilada.

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Manfred Albrecht Freiherr von Richthofen

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Richthofen (Breslau, 2 de maio de 1892 — Vaux-sur-Somme, 21 de abril de 1918) foi um piloto alemão e é considerado ainda hoje como o "ás dos ases". Foi um piloto de combate bem-sucedido, um líder militar e um ás do vôo que venceu oitenta combates aéreos durante a Primeira Guerra Mundial. Sua morte tem sido creditada ao piloto australiano Roy Brown. Todavia, é bem possível que tenha sido derrubado por um tiro a longa distância de um soldado australiano em solo, S. Evans.

Richthofen foi conhecido como der rote Kampfflieger (guerreiro-voador vermelho) pelos alemães, Petit Rouge (pequeno vermelho) e Le Diable Rouge (diabo vermelho) pelos franceses, e Red Knight (Cavaleiro Vermelho) e Red Baron (Barão Vermelho) pelos ingleses.

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TIAGO JOSÉ BERG

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GGG



GGG

POLEGAR

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O polegar é o dedo (ou quirodáctilo) mais importante dos hominídeos – é completamente oponível aos outros dedos, o que significou uma aquisição evolutiva que permitiu a estes animais a utilização de instrumentos, com os quais podem mais facilmente defender-se e modificar o meio-ambiente para melhor sobreviverem (Edgar Morin, no seu "O Paradigma Perdido, refere-se à dialética "pé-mão-cérebro.

O polegar é formado por 3 ossos:

  • Primeiro metacarpal, que articula com o grande multiangular ou trapézio do carpo;
  • Falange proximal; e
  • Falande distal.

O polegar pode realizar uma rotação de 90º, ficando perpendicular à “palma” da mão, enquanto que os outros dedos conseguem apenas um ângulo de 45º (aproximadamente). Estes movimentos são da responsabilidade de 8 músculos, cujos nomes em latim são:

  • opponens pollicis
  • abductor pollicis brevis
  • flexor pollicis brevis
  • adductor pollicis
  • flexor pollicis longus
  • abductor pollicis longus
  • extensor pollicis brevis
  • extensor pollicis longus

Os primeiros 4 são músculos intrínsecos da mão e os 3 primeiros formam a eminência tenar, enquanto que os restantes têm origem no antebraço. Os tendões do extensor pollicis longus e do extensor pollicis brevis formam a “caixinha do rapé” (que, nos tempos em que se aspirava rapé, servia efectivamente para ali colocar uma porção e levá-la ao nariz), onde se pode palpar a artéria radial e os ossos escafóide e trapézio.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre!

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DOMINÓ!

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Dominó é o jogo formado por peças retangulares, dotadas normalmente de uma espessura que lhes dá a forma de paralelepípedo, em que uma das faces está marcada por pontos indicando valores numéricos. O termo é também usado para designar individualmente as peças que compôem este jogo. O nome provavelmente deriva da expressão latina "domino gratias" (graças a Deus), dita pelos padres europeus para assinalar a vitória de uma partida. Na área matemática das poliformas, um dominó é a figura retangular formada por dois quadrados congruente colocados lado a lado.

O jogo aparentemente surgiu na China e sua criação é atribuída a um santo soldado chinês chamado Hung Ming, que viveu de 243 a.C. a 182 a.C. O conjunto tradicional de dominós, conhecido como sino-europeu, é formado por 28 peças, ou pedras. Cada face retangular de dominó é divida em duas partes quadradas, ou "pontas", que são marcadas por um número de pontos de 1 a 6, ou deixadas em branco. Um jogo de dominós é equivalente a um baralho de cartas ou jogo de dados, que podem ser jogados em uma diversidade indeterminada de maneiras.

Na forma clássica do jogo, são sete números (de zero a seis), combinados entre si. Matematicamente: C(7,2) + 7 = C(8,2) = 28.

Embora raramente encontrados no Brasil, os jogos de dominós podem se apresentar em outras versões, além do conhecido duplo-seis. Além deste, existem também o duplo-nove, duplo-doze, duplo-quinze e duplo-dezoito. A quantidade de pedras em cada conjunto varia de acordo com as combinações possíveis entre as pontas disponíveis.

Conjunto Pedras Pontos
Duplo 6 28 pedras 168 pontos
Duplo 9 55 pedras 495 pontos
Duplo 12 91 pedras 1092 pontos
Duplo 15 136 pedras 2040 pontos
Duplo 18 190 pedras 3420 pontos

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Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre!

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ÚLTIMO DIA DA PAIXÃO

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Foto: Catarina Velasco


se eu morrer amanhã
que eu esteja bem vivo
a garrafa vazia na mão
e a lembrança esquecida
de uma paixão

o olho seco por lágrimas
se umazinha só
a menor das menorzinhas
vazar do olho
inaugura um oceano

(thadeu, walmor, magoo e renato)

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Música composta dia 24 de dezembro, na casa do Thadeu, quando comemorávamos seu qüinquagésimo oitavo aniversário. O meu nome entre os autores muito me lisonjeia; porém, ele está ai só porque eu estava por perto e estes homens são cavalheiros muito distintos.
Bom ano novo, Walmor, Magoo e Thadeu!

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MUR


MUREX

HINOS INESQUECÍVEIS!

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नेपाल






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Catatau x O Livro dos Contrários - A Luta do Século!!

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Texto originalmente publicado em:


http://www.polacodabarreirinha.blogspot.com/

no dia 15 de dezembro de 2008.

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Senhoras e senhores, no canto direito, com 220 páginas e uma das mais altas concentrações de criativas formas de expressão de nossa língua, com muito bom humor, filosofia, religião, bulas de remédio, manual botânico, o dicionário de rimas, as culturas helênica e oriental além de milhares e milhares de trocadilhos, para os aplausos e o carinho de todos vocês o maravilhoso, o intrigante, o genial: Catatauuuuuuuu!!

No canto oposto, com 20 páginas e 14 dos mais belos e originais poemas em língua portuguesa, o livro das antíteses, dos dribles a la garrincha, das rimas inesperadas, dos versos simples, da rarefação, da maestria, criatividade e beleza. Vamos aplaudir o único, o inigualável, o inimitável: O Livro dos Contráriossss!!
A luta está prevista para 3 rounds de 5 minutos e vale tudo. Limão no olho, um ou outro verso esdrúxulo, tacles no pescoço, aliterações em desuso, chutes no saco, metáforas na lata, queimaduras de cigarro, antíteses no fígado, mordidas na orelha, rimas de pé quebrado, aspas na cara e, inclusive, hipérboles nos bagos.
Senhoras e senhores, sem mais prolegômenos e eufemismos, pau!


Primeiro Round


Os lutadores se cumprimentam no centro do ringue e o que que é isso, meu Deus do Céu? Indescritível. Inenarrável. Indissertável. Meus amigos, o que está acontecendo nesse momento dentro do ringue não tem figura de linguagem que expresse. O Catatau tenta se prevalecer de seu peso, tamanho e volume, um verdadeiro lutador peso pesado de sumô, enquanto o seu adversário faz exatamente o contrário. É um combate de paciência, de estudo e porradaria franca, da boa mesmo. Ciência pura. O público, perplexo, já sofreu uns 15 enxovalhos, dez insultos, 4 descomposturas, 3 esculachos e uma meia dúzia de iluminações. Mas isso não é nada, lá dentro do tablado a coisa está pegando pra valer. Catatau dá um golpe preciso e contundente utilizando o ritmo forte, mas leva de troco uma rimada no meio da fuça, que foi linda de ver. Imediatamente, Catatau se recupera e contra-ataca com uma expressão latina, tonteando o seu oponente. O Livro dos Contrários não se entrega e com um decassílabo perfeito revida à altura, seu adversário acusa o golpe e chega a perder o latim. Mas não desiste e vai na goela. Que luta, meus amigos! Quando soa o gongo, pondo fim ao primeiro assalto. O público tira as mãos da frente dos olhos, aliviado.


Segundo Round

Soa o gongo. Os dois lutadores se estudam. São dois estilos, duas formas, duas personalidades, complexidade e simplicidade, num combate jamais sonhado pela vã filosofia. Catatau, com o peso da ciência, tenta esmagar seu oponente. É sanguinário, brutal, chocante, parece que O Livro dos Contrários não vai conseguir se defender de tantas referências e citações. É demais para um ser humano. O Catatau bate muito, neste momento, mas também apanha pra valer, fato que o deixa bastante contrariado. O público está dividido, metade não entendeu nada até agora e a outra, muito pelo contrário. Mas a refrega é dantesca, tamanha violência nem em filmes de kung fu chinês. O público vai ao delírio. Adjetivos, dentes, advérbios, sangue, pronomes, cabelos e substantivos se espalham no ringue. O juiz Aurélio neste momento interrompe a luta para retirar os objetos que, direta e indiretamente, estão atrapalhando a porfia. É impressionante, senhoras e senhores, o número de palavrões, expressões chulas, chavões e estrangeirismos que está sendo retirado do tablado. Só para dar uma idéia, tinha até um sujeito oculto no meio do caminho dos garis.
É autorizado o reinício e o pau come solto. Inesperadamente, Catatau troca de assunto e com uma dúvida existencial golpeia, com toda a certeza, o seu contendor. É aberta a contagem, quando soa o gongo, fim do segundo assalto. O público pede água e cervejinha.


Terceiro e último round

Os dois lutadores se cumprimentam mais uma vez no centro do ringue, o combate vai para os finalmentes. Estudam-se. O momento é de planejar o golpe fatal. O Livro dos Contrários toma a iniciativa e, com temas simples, diretos, obriga o seu adversário a se estender no assunto. Ele, com muita lógica, se utiliza de vários argumentos para atingir, sem piedade, na cabeça, o seu algoz. O público enlouquece, a reação de O Livro dos Contrários é fulminante e instantânea. Com uma frase de efeito, ele reequilibra a luta, que fica do jeito que o diabo aplaude. Que combate! Que disposição! Que loucura! As duas obras são geniais, não dá pra não ler. Os golpes são páginas abertas à imaginação, criatividade e inteligência. Os dois estão engalfinhados, tentam tudo, não param nem para respirar. É o esforço supremo dos vitoriosos. Estão exaustos, totalmente exauridos. Mas o público reconhece o talento, a garra e o amor à poesia dos dois lutadores e aplaude, de pé. Que espetáculo magnífico! Temos agora um só coro, pedindo para que o juiz acabe a luta. É demais, meus amigos, o público invade o ringue e os lutadores são levados em triunfo sobre os ombros da galera. Todos riem, se abraçam, é uma confraternização geral, um momento de amor jamais visto. Alguns, em pranto, demonstram toda a sua emoção, que coisa mais linda! E agora, neste instante, entra no ginásio a Escola de Samba Preto no Branco e, ao rufar dos tambores, todos gritam e pulam. Até o juiz perde o juízo. Afinal, é carnaval.


Antonio Thadeu Wojciechowski
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2 momentos geniais de O Livro dos Contrários*

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um homem extremamente nervoso
encontrou no bar um homem muito calmo
simpático, o calmo foi generoso
e cedeu-lhe um lugar ao seu lado

o nervoso contou a sua vida
com detalhes inimagináveis
entre um e outro gole de bebida
o calmo bebeu doses incontáveis

os dois, abraçados, já cantavam
quando surgiu um terceiro no balcão
tentou falar, mas eles não se acalmavam
tentou brigar, mas veio outra canção

***

o alegre recebeu o triste
certa tarde em seu casebre
o triste pouca coisa disse
o alegre usou de formas breves

ficaram amigos dessa forma
o triste silenciou a amargura
o alegre usou a ternura como norma
entre os dois, a mesa e a noite escura

amanheceu, acabou a noite, o vinho
e, sozinho, ficou o alegre à mesa
enquanto o triste saía sem destino
sem nenhum resquício de tristeza

* – Livro de poemas, de Marcos Prado (1962-1997), poeta, curitibano, letrista, jornalista, ator de teatro, agitador cultural, parceiro de um sem número de produtores culturais.
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Momentos mágicos do Catatau**

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“Um, na algaravia geral, por nome Tamanduá, esparrama língua no pó de incerto inseto, fica de pé, zarolho de tão perto, cara a cara, ali, aí, esdrúxula num acúmulo e se desfaz eclipsado em formigas.”


“Monos se penteando espelham-se no banho das piranhas, cara quase rosto no quasequase das águas: agulhas fazem boa boca, botam mau olhado anulando-lhes a estampa, símios para sempre.”


“Estamos conversando conversas diferentes sobre o mesmo assunto. Louco por mérito próprio ou por força das circunstâncias? Estamos falando sem medir as conseqüências pelo obscuro gabarito dos antecedentes. Vá em frente, eis o abismo. Cai o eu, a gente fica onde? Dedica um monumento a tudo que está lá ou fica fora de si?”


“Que flecha é aquela no calcanhar daquilo? Pela pena, é persa, pela precisão do tiro, um mestre. Ora, os mestres persas são sempre velhos. E mestre, persa e velho só pode ser Artaxerxes ou um irmão, ou um amigo, ou um discípulo, ou então simplesmente alguém que passava e atirou por despautério num momento gaudério de distração”.


** – Romance polêmico, de Paulo Leminski (1944-1989), poeta, curitibano, faixa preta de judô, professor de história e redação, poliglota convicto, agitador cultural.
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sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

SÃO TEUS OLHOS!?

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FLOGGING




MOLLY

Bodhrán

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[ˈbɔːrɑːn]


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SHANE MACGOWAN AND THE POPES

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The Church of the Holy Spook


My Daddy was a sinner, but my
Mother was a saintly person
But I ruined my life by drinking, bad
Wives, taking pills and cursing
Rock and Roll you crucified me,
Left me all alone
I never should have turned my back on
The old folks back home

Give me that Church of the Holy Spook
Church of the Holy Spook
Church of the Holy Spook, it's good enough for me
It was good for me dear old Daddy
and my dear old Mammy too
Give me that Church of the Holy Spook
I don't need nothin' new

I believe in the Church of the Holy Spook
I believe that he's in me
The Tao is like a river, so float along with me
When the sacred blood of the Holy Ghost
is boiling in my veins
I think of Jesus on the cross
and I scream out for his pain.

Give me that Church of the Holy Spook
Church of the Holy Spook
Church of the Holy Spook, it's good enough for me
It was good for me dear old Daddy
and my dear old Mammy too
Give me that Church of the Holy Spook
I don't need nothin' new
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AMIGOS PARA SEMPRE!

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Pete Doherty & Shane MacGowan
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VENEZIANA!

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PERSIANAS!

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EU RECOMENDO!

João Paulo Quege from Tampa, USA
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Analisando o ano que passou, tivemos novas bandas surgindo, e uma delas surgiu na agitada New York City. A indie Vampire Weekend ganhou notoriedade através de blogs, e em menos de 2 anos lançou um álbum recheado de ótimas canções. Os integrantes, que se conheceram na renomada Columbia University, misturam Western Classical com música popular Africana (soukous, de origem Congolesa). Ou como eles descrevem, o estilo é "Upper West Side Soweto".

EU RECOMENDO “A Punk”, canção com guitarras contagiantes, um pouco de Disco Beats, e um toque de “Strawberry Fields Forever”. A música faz parte da trilha sonora do filme Step Brothers e apareceu num comercial aqui nos EUA. “Oxford Comma” foi ainda melhor aceita na Inglaterra, onde emplacou o número 38 das paradas. E "Cape Cod Kwassa Kwassa" foi o quarto single do álbum homônimo e a preferida do pessoal da Rolling Stone, que a colocou como a número 67 no ano passado, sendo esta a que tem maior influência do soukous.
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STAR

TREK

William Alan Shatner

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Capitão James Tiberius Kirk
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Leonard Simon Nimoy

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Sr. Spock
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Jackson DeForest Kelley

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Dr. "Bones" McCoy
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George Hosato Takei

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Sr. Sulu
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James Montgomery Doohan

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Engenheiro-Chefe Montgomery "Scotty" Scott
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Nichelle Nichols

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Tenente Uhura
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Walter Koenig

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Alferes Pavel Chekov
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Eugene Wesley "Gene" Roddenberry

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O criador
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Eartha Mae Kitt

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NOVA YORK, EUA (AFP) — Eartha Kitt, a versátil cantora e atriz americana cuja sensualidade e voz provocante fizeram dela uma estrela internacional com mais de meio século de carreira, morreu nesta quinta-feira, aos 81 anos, informou seu amigo e agente, Andrew Freedman.

Kitty ficou conhecida como atriz nos anos 60, após participar de três episódios do seriado de TV Batman, como a sexy "Mulher Gato".

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HAPPY NEW YEAR, KAZIK!

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DEU NO POLACO DA BARREIRINHA!

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Edilson, Marcos e Eu, em 1980.


Botando a palavra na roda.


“- Pára com esse tambor, menino!
- Tá bom, papai.
Tá bom, papai.”


Eu e o meu querido e saudoso amigo Marcos Prado ( 1961-1996), durante quase 20 anos de convívio, atravessamos madrugadas e madrugadas descobrindo e nos divertindo com essa linguagem cifrada, cheia de sustos e surpresas, que quem tem um tamborim nos ouvidos pode distinguir em meio à ingênua, ignorante e repetitiva cantilena popular. Não raras vezes, o Walmor Góes, o Trindade e o Edilson Del Grossi estavam lá para animar a festa. Violões afinados, as canções iam surgindo tão natural e prodigamente que, finda a noitada, além das garrafas vazias, cinzeiros entupidos, corpos espalhados sobre sofás e carpetes, sempre havia na mesa dezenas de folhas de papel com as últimas canções, anotações, poemas e algumas loucuras generalizadas que, no dia seguinte, teriam lugar de destaque no lixo que não é lixo.
Orgias poéticas à parte, eu e o Marcos tínhamos ainda outras diversões: leitura e música. Assim fomos lendo e ouvindo tudo que o Brasil e o mundo têm de bom. Lembro que em nossa companhia tínhamos sempre Augusto dos Anjos, Cruz e Sousa, Noel Rosa, Jimi Hendrix, Tom Waitts, Frank Zappa, Maiakóvski, Dante Alighieri, Pixinguinha, Cartola, Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, Adoniram, Lupiscínio, só para citar alguns dos mais assíduos freqüentadores de nossas intermináveis conversas. O assunto mudava muito pouco e estava insistentemente relacionado à precisão, cadência, elegância, adequação e concisão dos termos utilizados nas composições que líamos, ouvíamos ou fazíamos. A bossa do ritmo, a batucada das sílabas, a riqueza e simplicidade da melodia, o inesperado da rima, tudo era deliciado e degustado com os extremos rigores que impúnhamos às nossas tresloucadas análises e composições. Momentos de grande iluminação proporcionados pela riqueza da língua portuguesa e sua capacidade de se fundir na melodia, quando a batuta do poeta tem maestria.
Com Marcos Prado, Roberto Prado, Leminski, Sérgio Viralobos, Solda, Dalton Trevisan, aprendi que, em Curitiba, a palavra é de lei. Letras com poesia de alta tensão, versos a laser/lazer, pulsar rítmico das etnias portuguesa, italiana, polonesa, alemã, ucraína, japonesa, africana. Conversa entre pessoas inteligentes e bem humoradas.
O Marcos Prado teria 47 anos hoje. Mas abandonou o barco em 1996. Parece que foi ontem, mas foi há 12 anos. Agora a saudade já não dói tanto. Dói a vida ter ficado menos interessante.


Antonio Thadeu Wojciechowski.
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AMIGOS PARA SEMPRE!

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Thadeu e Marcos Prado indo para Superagüi.


A vida é esse amontoado de imagens
que cabe num fundo de gaveta.
Algumas, mesmo revendo, você não se lembra;
outras, só de ver, te fazem viver outra vez.
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T.W.
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PASSEANDO COM FREDDY!

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