sábado, 21 de fevereiro de 2009

À DEUSA CARNE!!

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O Carnaval é um período de festas regidas pelo ano lunar no Cristianismo da Idade Média. O período do Carnaval era marcado pelo "adeus à carne" ou "carne vale" dando origem ao termo "Carnaval". Durante o período do Carnaval havia uma grande concentração de festejos populares. Cada cidade brincava a seu modo, de acordo com seus costumes. O Carnaval moderno, feito de desfiles e fantasias, é produto da sociedade vitoriana do século XIX. A cidade de Paris foi o principal modelo exportador da festa carnavalesca para o mundo. Cidades como Nice, Nova Orleans, Toronto e Rio de Janeiro se inspirariam no Carnaval francês para implantar suas novas festas carnavalescas.
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Todos os feriados eclesiásticos são calculados em função da data da Páscoa, com exceção do Natal. Como o domingo de Páscoa ocorre no primeiro domingo após a primeira lua cheia que se verificar a partir do equinócio da primavera (no hemisfério norte) ou do equinócio do outono (no hemisfério sul), e a sexta-feira da Paixão é a que antecede o Domingo de Páscoa, então a terça-feira de Carnaval ocorre 47 dias antes da Páscoa.
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EMPOLACADA!*

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casei com um polaco depois de cinco uísque
ainda hoje não sei pronunciar meu sobrenome
se arrependimento matasse eu não sofria
e antes da primeira noite eu raiava o dia
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ê meu negão do avesso
tô sambando com os quadril no gesso
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depois de umas vodka o bigode enciúma
e vem cercando o meu coração a ripa
e vou empurrando os probrema com a barriga
e mergulhada na pinga não quero outra vida
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ê meu negão do avesso
tô sambando com os quadril no gesso
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*Um Fandango-Barreirinha de Thadeu, Trindade e Rodrigo
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TÔ LÁ!!

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Hoje, às 18h30, na Avenida Cândido de Abreu, tem a apresentação do bloco Rancho das Flores, que está comemorando 20 anos.
O samba do bloco foi composto por Ferreira (Os Marlenes/Maxixe Machine) e Thadeu (O Polaco da Barreirinha).
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EXTRA, EXTRA: "U2"!

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A gravadora tentou evitar, mas o novo álbum do U2, "No Line On The Horizon", que será lançado no Brasil no dia 2 de março, pode ser encontrado na Internet desde quarta-feira (18) e já bate recordes de downloads ilegais mundo afora.
O disco - 12º na carreira da banda - é uma clara tentativa de a banda se equilibrar entre a eletrônica que passou dos limites nos anos 90 e o rock de origem para o qual o grupo retornou nos dois últimos álbuns.
"Get On Your Boots", o primeiro single do disco, lançado em janeiro, sintetiza com perfeição a busca da harmonia entre as duas partes. Dançante, a música tem um irresistível riff de guitarra turbinado com efeitos, assim como o sempre potente baixo de Adam Clayton.
A produção ficou a cargo de três amigos de longa data: Brian Eno, Daniel Lanois e Steve Lilywhite. Pela primeira vez na história do U2, as músicas não foram feitas somente pelos integrantes da banda, os mesmos desde que o grupo nasceu, em 1976, na Irlanda. Eno e Lanois co-assinam nada menos que oito das 11 músicas que estão no álbum.
Em uma delas, "Moment of Surrender", é clara a intervenção de efeitos de Brian Eno. A música, com mais de sete minutos de duração, é conduzida por uma linha de baixo que serve de cama para efeitos e texturas de guitarra, e resulta num clima que realça a voz de Bono.
Além do riff de "Get On Your Boots", a guitarra de The Edge aparece feroz em outras duas oportunidades. Em "Stand Up Comedy", uma levada funk rock anos 70 garante o peso não encontrado em outros cantos no CD. O belo solo não tira da música sua principal característica: fazer par com "Get On Your Boots" como irresistíveis para as pistas. Já "Breathe" é prima de "Magnificent", com a vantagem de a canção em si ser muito mais cativante. Com Larry Mullen Jr. implementando uma bateria fortíssima (outra característica em todo o álbum), uma boa base harmônica de guitarra e teclado, além de passagens vocais marcantes, a faixa tem vaga garantida no hall da fama das grandes canções do U2 em todos esses anos. Ambas são sérias candidatas a segundo single.
No Brasil "No Line On The Horizon" chega às lojas em quatro formatos. O CD com um encarte de 24 páginas (R$ 34,90); digipack, com capinha de papelão e um encarte de 32 páginas, pôster e senha de acesso para o vídeo "Linear", de Anton Corbijn, na Internet (R$ 44,90); edição limitada de revista + CD, com imagens e entrevista exclusiva, em 64 páginas (R$ 160); e um box com o álbum em digipack, o DVD com "Linear", um livro capa dura com 64 páginas e um pôster (R$ 390). Somadas a vendas antecipadas no Brasil, "No Line On The Horizon" já é disco de platina - 60 mil cópias.
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MARCOS BRAGATTO
Colaboração para o UOL
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DIEDRICH E

OS MARLENES!

AGÊNCIA!

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ABERTA A TEMPORADA DE CAÇA AO ÂNGULO PERFEITO!

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Fotos: Luís Alvarenga
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Foto: Alexandre Cassiano
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GOOD MORNING, VIETNAM!!

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sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

DIEDRICH E OS MARLENES - ESTÚDIO!!

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Fotos: Cláudia Dias
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O Tao Feminino

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Foto: Sandra Solda


Marina Solda
Itararé, 18 de junho, 1935
Curitiba,20 de fevereiro, 2009


O que nunca morre é espaçotempo
mas pode chamá-lo de Mamãe.
Quem nunca abandona esta mulher
o Céu e a Terra fecunda.

Suave é o seu poder
sempre e sempre a nos amamentar.
Desça - ela estará lá.
Suba - ela o tomará no colo.

Lao Tsé

Centurião, Roberto Prado e Thadeu W
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MARINA SOLDA!!

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A NOVELHA DO POLACO DA BARREIRINHA, CAPÍTULO 5!!

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O DIA QUE EU MATEI O WILSON MARTINS

de Antonio Thadeu Wojciechowski


Capítulo 5

Wilson, poeta sentado é poeta
em pé de guerra. (1)



Acho que você não está compreendendo.
Mas falo mesmo assim. A mim já não importa
Se me entendem, sacou? A idéia que estou vendo
Lá na frente, é nela que miro, na porta
Que vou abrir, quebrar em mais de mil pedaços
E você tem só que ir acompanhando, cada
Palavra é importante. Vá juntando os cacos
E subindo os degraus dessa esquálida escada.
Quando você cria, vai na direção de algo
Que não sabe o que é. Tomba e escorrega em falso,

Pisa na maionese, depois faz que vai
E vai mesmo ou nem isso e aquilo, sacou?
Você pega Jesus pra cristo ou Dalai
Pra lama e continua dando bola pro gol.
Foda-se o mundo todo, se você quer ir
Aonde ninguém foi, tem que querer viajar,
Tem que saber que lá pode não existir
Nem ser sua Eldorado e, mesmo assim, chegar,
Na terra do São Nunca, cafundó do Judas,
Onde o diabo doidão botou as ditas cujas.

O sentido é um detalhe, pesa quanto vale,
Um átimo de som pode ser suficiente
E te reconduzir de novo. Caso falhe
Mais essa tentativa de ir sempre em frente,
Você só abre a boca e deixa livre a fala.
Se nela nada se esconde, então, tudo é teu:
O sol, o sonho, o som, a luz, a gema, a água
E mais o que te fez vencer quando perdeu.
Sem trava no olho dá pra ver o céu da boca
E o que dela sai santo é coisa muito louca!

Estou dizendo agora o que nunca viu,
Ouviu? Você houve quando? Ontem havia e hoje há?
Perder tempo comigo é suicídio, sentiu?
Tua vida vai indo indo indo e você pra lá
E pra cá a escutar o que digo e não digo.
Isso não tem sentido. Mas vamos que vamos,
Até onde eu sabia, havia nenhum perigo,
Então vou começar para ver se começamos.
Ah! A idéia é esta e não dá pra saber
Se é tudo que nos resta, será que vai ser?

Bom, pelo menos, penso que estamos no rumo.
Mas o que você vai ser quando for alguém
Como eu? Será impossível? Melhor pegar prumo
O quanto antes, depois não fica sem também.
Poeta que tem de sobra, distribui de graça
O milagre de Deus; ao que falta, dá nada,
Não está nem aí. Para tua pouca desgraça,
É bobagem parar de disparar sem bala
Na agulha de um palheiro que perdeu o fio
Da meada bem no meio desta conversa, ouviu?

Poeta de ouvido estica o som, até lá não!
Lá não pode ser já, é bom ir devagar.
Essa lua tá que tá, olha só!, ê, mundão,
A luz do sol é que brinca de ser lunar.
Estrelas tem pra si e olhe lá uma caindo,
Ainda bem que do céu não passa disso, assa,
Cai no ponto final e o Caetano diz: “Que lindo!
Tudo é divino maravilhoso!” Trapaça
Da língua-mãe no cu dos outros é refresco.
Quero ver você cego quando me olhar vesgo!

Sentei, estou em pé de guerra? Tanto fez
Tanto faz, por enquanto, siga, engate a ré,
Mas se eu voltar atrás e ir em frente, talvez
Seja melhor você seguir o guia, não é?
Aonde vamos parar com essa conversa eu paro.
Não dá pra continuar assim, então, você
Trate de ir falando sozinho, meu caro,
Pra eu ouvir suas razões em silêncio e saber
Por que a chuva cai em pé, corre deitada,
Vai pro bueiro e depois eu puxo a descarga?

Ah! Nem me fale nada, mas aceite um chá,
Sem cerimônia. Vou te contar até dez
Pra você não perder a calma é pra já,
Não tenho tempo a mais para te dar a vez.
O tema do discurso? Bem, aí é demais
Pra mim. Volte ontem cedo, mas bem cedo mesmo,
Que te ensino a fazer renda para ganhar mais,
Muito mais, namorando só golpes de menos.
Um dia fui pra Maracangalha e não voltei
Nunca mais e ouvindo nunca mais eu fiquei.

Arranjei um corvo pra me coçar e o sarna
Não quis tirar o Poe dos meus sentidos, pode?
Claro que pode quem não pode se sacode,
Enrola a rima, faz de conta que é uma arma
Que o poeta tem nem vem que não tem pra ninguém.
Estamos entendidos? China é mais embaixo,
Mas está por cima da carne seca, neném!
Por outro lado, aqui, vamos fundo no tacho.
Queria o quê, melzinho na chupeta, amor?
Chupe o cu daquela abelha ali, por favor.

Poesia pode ser tudo e mais um pouco, ok!
Há quanto tempo estamos de papo pro ar?
Se não fosse a palavra, juro, já nem sei
O que seria de mim sem eu para falar
O que preciso ouvir. E, você, seria o quê?
Deus estava embriagado ao criar o ornitorrinco,
Você ficaria bem de. Não? Quanto quer valer?
Dinheiro não dá em cacho? Então, eu não brinco.
A fala diz, dê graças a Deus, Maomé,
E Alá meu bom Alá, repita se quiser.

Eu não estou aqui para fazer gracinhas,
Está pensando o quê? Eh, cara, cara a cara,
Não é bem assim, fale só as tuas, pois as minhas
Verdades em extinção são de uma espécie rara.
Tua interpretação de texto não me diz
O que eu te digo agora mesmo sem pensar.
Ah! Você é desse jeito mas é feliz.
Que dez! Será até bom revê-lo nunca mais.
Sendo assim, lá vou eu como não fui jamais!

(1) Verso do Solda, poeta, cartunista.
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ANIVERSARIANTE DO DIA!

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Marlene B. Seraphim
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Parabéns!
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