quinta-feira, 13 de março de 2008

POEMA 61

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A marca da maldade mora ao lado

A marca da maldade mora ao lado
Das pessoas que se amam e são felizes
E entra pelas frestas do barraco
Como um gás insensível a narizes
Aos poucos fica o ar mais carregado
Que o clímax de um show de stripteasers
Conosco foi assim como um despacho
Trocamos nossos passos em falso
Pela marcha das pisadas no piche
Tudo é tão rápido quando dá errado
Cama de casal vira beliche
Lençol dobra-se em guardanapo
Como um dia disse Dietrich:
Nosso futuro está usado


Sérgio Viralobos
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