quinta-feira, 3 de abril de 2008

A CAVERNA DO BURACO NEGRO

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prados, colinas e ravinas,
penhascos, depressões, vales,
cidades, maremotos, ruínas,
montes, montes e montes –
todos os lugares de relevo
não mexem um pêlo da minha sina,
todas as montanhas de nervos
e os intensos rios de lava
não valem um cabelo que resvala –
eu não celebro aniversários de morte,
a vida é que deve a essa descida –
dobrei todas as esquinas,
me perdi em todas as propostas
e agora até as frentes frias
me deram as costas.

IVAN JUSTEN SANTANA
PLÍNIO GONZAGA
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2 comentários:

Ivan disse...

Renato:

valeu por mais uma colagem: mas inclua o nome do Plínio Gonzaga na autoria, porque metade dos versos ele que fez...

Renato Quege disse...

Já tô vendo isso.
Inté!!