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MARRÉ DE SI
mas dinheiro foi-se o tempo
quase que perco tudo
à procura da agulha no palheiro
na fronha de algum travesseiro
o corpo fica mais puro
sem um puto no bolso
quando se falta o tanto
hoje sou mais valioso
que um dicionário de esperanto
se pisar em moeda, eu passo
meu testamento são folhas em branco
só o gaiteiro me espera pro abraço.
(Sérgio Viralobos)
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