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SOBRE O AMOR GASTRINTESTINAL
Primeiro eu entro pela tua boca
Esôfago me aperto em teu peito
Em ácidos me deito e dissolvo
O corpo que me engole é o meu leito
Segundo mil pedaços de mim mesmo
Resolvo que não sou mais quem eu era
E a fera que se afoga em meu peito
É resto e destina rumo ao reto
Em mim o que absorves é meu nada
Pedaços de produto sem valia
E indigesto eu sigo a caminhada
Mais um dejeto que encontra o dia
Terceiro saio assim pela dos fundos
“Tem gente” grita a moça apavorada
Me encontro novamente neste mundo
E através de ti a nova estrada
O quarto é o lugar da longa ceia
Lá onde insisto em ser devorado
Em ti além de tu em tuas veias
E através de ti um novo estado
... Primeiro eu entro pela tua boca!
Diedrich
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