sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

DRY MARTINI

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História do drinque
Uma dose de gim e cinco gotas de vermute ou duas doses de gim e uma de vermute? Limão ou azeitona? A discussão sobre a receita original do Dry Martini - o drinque mais clássico e pedido do mundo - tem a idade do próprio. Teria sido inventado em 1910, no Hotel Knickerbocker, em Nova York, pelo barman John Martini, para atender a um pedido do magnata americano John D. Rockefeller, que desejava algo simples mas diferente. A partir daí, a mistura ganhou o mundo como um coquetel excitante, com sabor de viagem.

A polêmica sobre a sua receita original é tão grande que, em uma de suas passagens pelo célebre Harry’s Bar, de Veneza, o escritor americano Ernest Hemingway se saiu com a seguinte tirada: “Se algum dia você vier a se perder na selva africana, nada de desespero. Sente-se sobre uma pedra e comece a preparar um Dry Martini. Eu garanto: em menos de 5 minutos vai aparecer alguém dizendo que a dosagem de gim e vermute está errada”.

E a questão não chega a ser resolvida nem no livro - isso mesmo, o drinque já mereceu um livro - do expert americano John Doxat, Stirred, Not Shaken (algo como mexido, nunca agitado). Doxat sugere que a proporção ideal do vermute, para uma dose de gim, é apenas a da sombra da garrafa sobre o copo - ou seja, nada de vermute. Outro apaixonado pelo drinque, o cineasta espanhol Luis Buñuel, registrou em seu livro de memórias, Meu Último Suspiro, sua receita favorita, que exigia poucas gotas de vermute Noilly Pratt sobre pedras de gelo, adicionando-se em seguida uma dose de gim. James Bond, o agente 007, degustava nos filmes uma variante da bebida, com vodca e vermute. De todo modo, algumas regras são universalmente reconhecidas. “O vermute tem de ser bem seco”, explica o expert Derivan Ferreira de Souza, sócio do restaurante Bistrô, em São Paulo, e autor do livro Drinques de Mestre (Editora Ática). “E nunca se deve pôr a casca do limão dentro da taça.” Discussões e fórmulas à parte, a preparação do coquetel, mesmo simples, é um verdadeiro ritual.
Ingredientes:
- 2 doses de dry martini
- gelo
- sal
- limão
- 2 doses de London Dry Gin
- 3 gotas de angustura
- azeitona para decorar

Modo de preparo:
Prepare uma taça de coquetel previamente resfriada, com sumo de limão passado nas bordas e, depois, sal fino num pratoraso para a necessária aderência. Feito isto, numa coqueteleira ponha 4 pedras de gelo e 2 doses de `Dry Martini`, apenas revolvendo, sem agitar, até sentir que o Martini sujou o gelo. Despejo fora o Martini e acrescento 2 doses de London Gin (de preferência o da marca Saphira que vem numa garrafa azul). Novamente revolvo o gelo já com o gosto do Martini por 20 segundos e despejo o Gin paladarizado com o Martini na taça, sem o gelo. Acrescento um `twist` de casca de limão, três gotas de angustura e, finalmente, a famosa azeitona no palito.


Dry Martini

O copo
Escolha uma taça de haste fina e bordas delicadas e deixe-a no congelador por alguns minutos.

O gelo
O coquetel deve ser preparado num copo misturador, o chamado mixing glass. Ponha entre quatro e seis pedras de gelo inteiras - evite pedaços picados, que derretem facilmente. Gele bem o copo e escorra o excesso de água.

O gim
Despeje sobre o gelo uma dose generosa de gim - inglês, é claro -, que você pode escolher entre o Gordon’s, o Tanqueray, o Beefeater ou o Bombay, todos na lista dos melhores.

O vermute
Pingue sobre o gim cinco gotas de vermute, de preferência o clássico francês Noilly Pratt.

A mistura
Com uma colher longa - a de bar se chama bailarina -, dê algumas mexidas rápidas e vigorosas. Lembre-se: o drinque é apenas mexido, nunca batido.

Ao servir
Tire a taça do congelador e, usando um coador de bar, despeje o drinque na taça.
O Dry Martini é sempre servido sem o gelo.

O limão
Corte uma fina casca de limão, retirando com cuidado a polpa branca. Em seguida, torça a casquinha de modo que o sumo do limão caia sobre a mistura. Passe a casca em toda a borda da taça e jogue-a fora. Espete uma azeitona verde com um palito e coloque no drinque.

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