domingo, 17 de fevereiro de 2008

VIVA!!

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Com "As Aventuras de Robinson Crusoe", de Daniel Defoe (1660-1731), acompanhamos a aventura de um jovem de 20 anos, que, na Inglaterra de 1652, decidiu rumar contra todas as expectativas dos pais e embarcar na travessia dos mares, numa sequência de peripécias que culminam na estadia de 27 anos numa ilha deserta.
Para escrever o seu livro, Defoe ter-se-á inspirado na aventura verídica de um excêntrico escocês de nome Alexander Selkirk, mas polvilha a história com a sua própria imaginação. Ao longo de um dos livros de aventuras de leitura mais escorreita e breve que alguma vez foi escrito, acompanhamos Robinson Crusoe desde os seus 18 anos, no porto britânico de Hull, até à sua partida, contra a vontade dos pais, com destino a uma vida errante e sonhadora. Robinson quase morre num naufrágio entre Hull e Londres. Mais tarde, sem coragem de regressar a casa, embarca num navio para a Costa da Guiné, mas acaba por ficar escravo de um pirata turco, que o retém cativo no porto de Sallee, durante dois anos.
Um dia, quando é mandado pescar pelo senhor, Crusoe consegue escapar até ser resgatado junto à costa africana por um navio português, cujo capitão o leva para o Brasil.
Robinson Crusoe estabelece-se em Terras de Vera Cruz comprando uma plantação. Ao fim de uns anos, no entanto, propõem-lhe entrar no negócio da escravatura. Mete-se ao mar e volta a ser vítima de um terrível naufrágio, do qual é o único sobrevivente. Nadando em desespero para uma ilha, Crusoe está longe de saber que aí vai permanecer 27 anos. Aos poucos e poucos, refaz a vida com as provisões que retira do navio naufragado, abraçado à crença religiosa e à simplicidade do dia-a-dia. Ao fim de 15 anos, descobre canibais na ilha e, mais tarde, salva uma das suas eventuais vítimas, que passará a viver consigo e a quem chamará Sexta-Feira. A vida eremita de Crusoe terminara, mas não o livro, que, a partir daí, é feito de uma sequência inebriante de acontecimentos.
Daniel Dafoe, nascido em 1660 numa família de presbiterianos, que na época eram perseguidos, foi comerciante, participou numa rebelião contra o rei James II, conheceu a prisão devido aos escritos panfletários que assinou e até foi preso a um pelourinho para onde lhe arremessaram tomates e pedras por defender os presbiterianos. Quis o destino que, apesar dos inúmeros panfletos políticos que escreveu, ficasse eternamente ligado ao romance que publicou em 1719, "As Aventuras de Robinson Crusoe". Escreveu também um livro sobre a vida nas prisões, "Moll Flanders" (1722), mas que não chegou a atingir o mesmo sucesso do anterior.
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