sexta-feira, 7 de março de 2008

POEMA 76

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como dizer o que é preciso
sem ofender ninguém porisso ?
mas corre um boato por toda parte
que você não está sendo bem servida
deus sabe, baby, há quanto tempo
nada sei certo, só que errar é uma arte
uma amiga sua me contou o que você contou pra si mesma
foi um sonho que a deixou toda molhada por dentro
algo sobre uma língua dentro de uma caixa espelhada
você imagina como isso me deixou quente ?
fiquei sabendo que você era eu, de outra maneira
não se preocupe, a porta está arrombada
vamos fazer o que ninguém faz pela gente
no chão, no banheiro, de pé na banheira
segurando no porta-toalhas, encostada na maçaneta
no armário embutido, debaixo do monte de trapos
e, oh, no quarto, com as costas na vidraça
e os pés enfiados na gaveta
e na mesa de sinuca, afaste os tacos
vou colocar a bola 8 na caçapa.

prince (livre adaptação de Sergio Viralobos)
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