segunda-feira, 12 de maio de 2008

Guardador de Vácuo

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A verdade é que amanheci mudo,
Sem assunto, sem uma idéia clara,
Nada para explorar no velho mundo,
E nem mesmo um caminho a seguir para...

Nada de nada e o cérebro pára?
Ouvir isso é melhor do que ser surdo?
Olhei para o meu rosto e fiquei de cara,
Abri a porta da frente, e fui fundo.

Do lado de fora sempre acontece
A realidade que ninguém merece,
E, sem palavras, é ainda pior.

Mas me saiu esse soneto menor,
E, nele, esse minuto de silêncio
Transcorreu relativamente imenso!


Guardador de Vaca
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2 comentários:

Anônimo disse...

Que coisa mais sublime. Os dois textos desse (sei lá, Guardador de Vacas??)são de uma ternura muito acima da média.

Bjs

Rita Coelho

Renato Quege disse...

Oi, Rita!!!
Guardador de Vaca é um dos heterônimos do Thadeu, o Polaco da Barreirinha.
Beijo!