quinta-feira, 12 de março de 2009

O POLACO DA BARREIRINHA ESCREVEU!

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Minha rainha, muito obrigado!

Ontem, às 20:30 h, no teatro da Universidade Católica, aconteceram as solenidades de formatura do curso de Direito. Odeio todo tipo de pompa, mas como minha filha Paola era uma das formandas, suportei os blá-blá-blás, que aliás foram bastante econômicos, o que deu agilidade e rapidez à festa.
No teatro TUCA, completamente lotado, com gente sentada pelos corredores, dava pra sentir no ar a alegria e a satisfação dos familiares e amigos dos formandos. No meu peito, o coração velho fazia força para conter tanta emoção. Lembrei-me do nascimento da Paola, prematura de seis meses e meio e que nasceu com 890 gramas, tendo que ficar os dois primeiros meses de vida no balão de oxigênio. Lembrei-me das vezes que fui ao hospital visitá-la, acompanhado de amigos como o Marcos Prado, o Edílson Del Grossi e o Walmor Goes. Ela tinha nascido sem cabelo nas laterais da cabeça, mas com um enorme topete no topo, por isso o Marcos Prado a elegeu a rainha dos punks. E assim foi sempre tratada por todos, como uma rainha. Signo de leão, fogo e tigre, sua alegria, inteligência e força de viver, pra mim, sempre foram a mais clara demonstração de que o universo se torna cada vez melhor. Há sete anos, ela estava na equipe de punhobol que foi campeã sul-americana. Bah, e a final foi contra a Argentina em Porto Alegre. Minha baixinha era a líder da equipe e descascou las hermanas, com suas defesas impossíveis e ataque avassalador.


Paola, com os orgulhosos avô e pai;
ontem após a cerimônia de colação e premiação.


Ontem, no encerramento das solenidades, quando chegou o grande momento que é a entrega do Prêmio Marcelino Champagnat ao melhor aluno do curso, que dá direito a uma bolsa de estudos de 2 anos para a pós-graduação, eu já me dirigia à saída, pois queria fumar antes de partir pro abraço. Mas daí os alto-falantes anunciaram o nome da premiada:

PAOLA BIANCHI WOJCIECHOWSKI.

Juro pra vocês, pensei que tinha chegado a minha hora de dar boa noite pro gaiteiro. Chorei, vibrei, abracei meu pai e a Catarina, que também choravam de emoção. Pensei na minha mãe, acamada, que não pode ir à colação e chorei mais ainda de tanta felicidade, pela alegria que eu sei que ela vai sentir quando souber. Pois eu, que sou Comedor de Ranho, Guardador de Vaca, Patty Faria, Porrão de Eunuco, Catulo da Paixão Paranaense, Boca do Purgatório, Saboro Nossuco, Polaco da Barreirinha, Dalton Machado Rodrigues, Nabuto Almada, Thadeu W, naquele momento só quis ser pai, o paizinho como ela me chama, o Pi, o pai da Paola.
Muito obrigado, minha filha, minha rainha! Pela emoção, pela graça de sua pessoa, pelas broncas que você me deu, pelos nossos risos férteis e fáceis, pela explosão de nossas lágrimas, pela alegria de existir, amar e sentir a poesia.

Antonio Thadeu Wojciechowski
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N. do E.: Porra! Agora, quem tá chorando sou eu!
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