sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

José Ribamar Coelho Santos

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Mambo da Dor

ai
como dizia meu pai
a dor é mãe
e como dói
alma ensanguentada em Hanói
farinha que a amargura mói
pena que envenena e destrói

ai
como dizia meu pai
a dor é mãe
e como dói
choro que o coração remói
bala no coração do caubói
traça que tudo ameaça e rói

tremor febre frio
suor arrepio
corte tapa tiro
só dói se respiro
o mal que magoa
o fel que amarga
ai dor não me doa
vê se me larga
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